Chegamos a Belém, esta terra quente, úmida, abafada e em que as pessoas parecem sinceramente não estar nem aí pro que acontece no resto inteiro do planeta. Já disse que deviam mudar o nome de Belém pra LOST.
Pegamos o vôo de GYN pra Guarulhos - SP às 7 e 30 da manhã do dia 23 e, coincidentemente, Gustavo Vazquez e sua família também estavam a bordo, mas com destino outro. Compartilharíamos apenas a conexão em Guarulhos. De lá eles seguiram para Argentina, nós para a capital paraense. Vaaazqueeeezzzz. Mas ainda deu tempo de dividirmos um café e uma conversa antes de sairmos do centro-oeste.
Lembrei agora, olhando o grifo sob o termo "paraense" que o Google Chrome apontou como de correção duvidosa, de uma garota que, no ônibus que nos levava todos os dias do terminal Isidória, no Eixo 90 de Goiânia, no Setor Sul, até o terminal Veiga Jardim, em Aparecida de Goiânia, me perguntou:
- Ocês são brasileiro?
- Ué, somos. Não parece?, interpelei.
- É o falatório docês, uai.
- Somos do Pará. Sabes?
- Pará? Hum... sei não.
- Ali no norte, sabes? Lá pra cima. Já ouviste falar de Belém?
- Norte? Hum... pra cima?
Bom, resolvi deixar pra lá. Falamos sobre o cabelo do Bruno, que ela não acreditava ser verdade e acusava ser aplique e sobre o fato de sermos todos casados. Uai, não somos, mas resumi pra ela entender o trem. Pego esse sotaque divertido rapidão se deixar.
Chegamos em Belém e nos primeiros 3 minutos já bateu o primeiro instante de saudade de Goiânia: andávamos quilômetros e não suávamos e eu só fiz ligar do meu celular e nem falei tanto com meu pai nesta ligação e já estava tal qual um porco lambreguento. Ô Amazônia! Quem te fez insuportável assim?
Trouxemos as músicas do disco, que já tem nome, mas não vou falar, mas dou a dica, para avaliar esta primeira mix e como ela se comporta diante da master aplicada. Compressão é uma cagada, mas deus me disse em sonho certa vez que se eu queria punch, era com ela mesmo. Adeus picos e vales.
Eric disse ter ouvido em tudo que é tocador de música na casa dele. Ainda estou dando tempo pros meus ouvidos. Passar 18 dias debruçado sobre 10 músicas te deixa sem parâmetros pra julgar algo tão delicado. Pio Lobato recomendou mostrar pra outra pessoa, distante da banda, sugeriu Beto Fares, ex e futuro-se-deus-quiser-diretor da rádio cultura, produtor do disco novo da Iva Rothe, no qual gravamos duas faixas com muita honra, radialista há mais de mil anos e apresentador do Balanço do Rock, o programa de rock mais legal de toda a Amazônia Legal. Ah, e meu amigo. Vou pedir a opinião dele, evidentemente. DJ's de rock que quiserem, também passo.
Há pouco vi os DVDs de vídeo aula do Luis Maldonalle, nosso mais novo brother de lá de Goiânia. E é até estranho ver um cara tão engraçado fazendo cara de sério demais na tela da TV. Muito bons os DVDs. Fica a promessa pra 2010: trazer Maldonas pra um workshop aqui em Belém. Já até bolei o plano. Se liga, Maldonas!
Taí a cara dele. Égua, tu é doidé?
Aliás, pra 2010, além da Copa do Mundo e das eleições, o que mais tenho, além de feiúra, são planos. Se metade dos planos se realizar no Aeroplano, este Didi cá estará feliz.
Ah, como deu pra perceber, este blog vai continuar rolando, porque a viagem terminou, mas a missão continua.
Avante, Aeroplano! Ou algo do tipo. Prometo melhorar a frase de impacto. Se alguém tiver alguma sugestão, twitta pra gente no twitter.com/aeroplanorock .
Grande abraço